quarta-feira, 16 de março de 2011
Inocência.
Sinto falta de quando meus maiores problemas eram machucados no joelho, minhas dores vinham do tombo que eu levei jogando futebol, e meus amigos eram verdadeiros e me queriam bem, e eles me amavam pelo que eu era. Saudade de quando minha mãe gritava comigo por causa de uma nota baixa, meus amigos na escola eram todos amigos, e o maior problema era quando esqueciamos o dinheiro do lanche. Queria que tudo fosse verdadeiro como antes, e qualquer detalhe naquela época era importante, e fazia a diferença. Ainda lembro de quando os unicos motivos que eu brigava com a minha mãe era quando ela não queria deixar eu ir brincar no clube, e quando eu esperava semanas para a matinê do carnaval e para o concurso de fantasia. Tudo era tão real naquele tempo, e a gente era feliz com tão pouca coisa. Agora aquela inocência se foi, os amigos verdadeiros se afastaram, as brigas são mais frequentes e nada mais é simples. E o machucado que vem fica por muito mais tempo, e algumas vezes não há band aid que cure. Só queria que tudo fosse mais fácil, mais real, mais verdadeiro. Queria poder voltar à simplicidade, ao anônimato, aos velhos tempos. Mas infelizmente a partir de agora a tendência é sempre piorar, até chegar a um ponto irreconhecivel, até que um dia tudo acaba.
domingo, 6 de março de 2011
Insônia.
O telefone toca, mas não sinto como se quisesse atender. Deve ser apenas alguma pessoa irritante me chamando pra ir a algum lugar onde outras pessoas entediantes se encontrariam e contariam suas historias do dia a dia, aquelas historias que eu disse que realmente não me interessam. Queria saber como elas aguentam, e ainda fingem se divertir. Acho que sou diferente, e não me misturo com a sociedade. Mas isse é um problema, não o fato de eu não me misturar, mas o fato de as pessoas serem tao monótonas e iguais que elas se misturam, e você simplesmente nao consegue diferir uma da outra. Complexo, ou talvez não...
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